Um setor em expansão
Segundo a Unem (União Nacional do Etanol de Milho), o setor de etanol de milho cresce acima de 30% ao ano e tem potencial para dobrar a produção até 2032.
Desde 2017, quando o milho passou a ser usado como base para a produção de etanol no país, a atividade avançou mais de 400%. Apenas na safra 2024/25, foram produzidos 8,0 bilhões de litros, e a expectativa é que esse volume alcance 16,6 bilhões de litros em 2033/34, conforme projeções da Unem.
A busca por combustíveis menos poluentes deve manter a demanda aquecida nos próximos anos. Estimativas divulgadas pelo AgroEstadão apontam que, até 2030, o etanol de milho poderá representar até 40% de toda a produção nacional de etanol, o que na safra 2024/25, totalizou cerca de 34,96 bilhões de litros, somando a produção a partir da cana-de-açúcar e do milho, segundo dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia).
O etanol de milho vem ganhando força no Brasil não apenas pelo seu apelo sustentável, mas também pela capacidade de estocagem do grão e pelo papel estratégico na diversificação da matriz energética, oferecendo uma alternativa competitiva aos combustíveis fósseis.
Além de complementar a produção de etanol de cana-de-açúcar, esse biocombustível agrega valor à safra nacional de milho. Projeções da Scot Consultoria indicam que, em 2030, a produção do grão poderá atingir 177,4 milhões de toneladas no cenário mais otimista, ou cerca de 160 milhões de toneladas, no cenário conservador.
O processamento do milho para etanol também gera coprodutos valiosos para a nutrição animal, como o WFS (Wet Fiber with Solubles), o DFS (Dry fiber with solubles) e o HPDDG (High-Protein DistillersDried Grains). Esses ingredientes são excelentes fontes de proteína, energia e fibra. São versáteis para a formulações de dietas de alto desempenho.
Considerando a expansão das plantas de etanol de milho em operação e as que devem entrar em atividade nos próximos anos, a oferta desses ingredientes tende a crescer de forma expressiva. Projeções apontam que, até 2030, o volume disponível pode aumentar cerca de 50% em relação aos níveis atuais, superando a marca de seis milhões de toneladas (Scot Consultoria).
Inclusão de DDG na dieta: cenário positivo para o confinador?
Cerca de um terço das formulações de dietas citadas por confinamentos entrevistados no Benchmarking Confina Brasil 2024 já inclui coprodutos como o DDG, o WFS e o DFS. Segundo a FS Fueling Sustainability, em muitas regiões, especialmente naquelas próximas às indústrias de etanol de milho, esses coprodutos oferecem um custo por unidade de energia e proteína mais competitivo em comparação a outras fontes tradicionais. Essa otimização de custos é crucial em um cenário de margens apertadas no confinamento.
Na conjuntura atual, os preços de insumos alimentares para a bovinocultura de corte estão atrativos, exigindo, em muitos casos, um volume menor de arrobas de boi gordo para a compra de comida. Entre eles, o DDG se destaca, registrando valores por tonelada próximos aos menores patamares dos últimos cinco anos.
Combinado à valorização da arroba do boi gordo, esse contexto resulta em uma relação de troca favorável ao confinador, ou seja, o produtor precisa destinar menos arrobas para adquirir uma tonelada do insumo. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, essa relação está nos níveis mais baixos desde janeiro, variando entre 3,45 e 3,83 arrobas de boi gordo por tonelada de DDG.
Figura 1
Preços médio, mínimo e máximo mensal da tonelada de DGG em Mato Grosso do Sul

Figura 2
Relação de troca: arrobas de boi gordo por tonelada de DDG

Sustentabilidade até no nome
Para a FS – Fueling Sustainability –, a sustentabilidade não é apenas um conceito: é um princípio que orienta cada etapa do negócio. Por meio do balanço entre as emissões e remoções de gasesde efeito estufa ao longo de todo o ciclo de vida do biocombustível – desde a produção até o consumo –, e considerando que a fonte de carbono é biogênica, garante-se, por meio da rastreabilidade, que esse processo contribua para uma pegada de carbono significativamente reduzida.
A FS utiliza o milho de segunda safra cultivado após a colheita da cultura principal – a soja –, sem competir com outras culturas e sem necessidade de abrir novas áreas adicionais. Usa fonte de energia elétrica e térmica limpa, 100% proveniente da biomassa.
Além disso, todas as suas plantas industriais, localizadas em Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste e Sorriso são certificadas pelo programa Renovabio e a empresa está ainda desenvolvendo a implementação de BECCS (Bioenergy Carbon Capture and Storage), uma tecnologia que combina a produção de bioenergia com a captura de dióxido de carbono emitido durante a produção de biocombustível.
Até 423 mil tCO2e poderão ser estocadas anualmente após a conclusão do projeto em Lucas do Rio Verde.
Assim, a FS caminha para se tornar a primeira produtora mundial de etanol carbono negativo e a primeira do Hemisfério Sul a implementar a tecnologia BECCS na produção de etanol.
Parceria que gera valor
A FS – Fueling Sustainability –, referência nacional na produção de etanol de milho e coprodutos para nutrição animal, chega ao seu terceiro ano de parceria com a expedição Confina Brasil, levando ao campo soluções nutricionais que unem eficiência, inovação e sustentabilidade. “Estar no campo, lado a lado com os confinadores, nos permite entender suas dores, desafios e necessidades reais, o que é crucial para o aprimoramento contínuo das nossas soluções e o desenvolvimento de novas tecnologias que realmente gerem valor”, comenta a equipe da FS. Acompanhando a expedição, a empresa se mantém próxima aos confinadores, ouvindo experiências, desafios e sugestões para aprimorar seus produtos e contribuindo com informação de qualidade para dentro da porteira.
Para a FS, o caminho para a pecuária seguir “sempre em frente” é investir continuamente em tecnologia e inovação, promover a sustentabilidade em todas as suas dimensões e capacitar produtores e profissionais com conhecimento e ferramentas para superarem desafios e aproveitarem oportunidades.
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